Deu ontem no Jerusalem Post que a população deve começar a se preparar para devolver as máscaras de gás que têm, provavelmente empoeiradas em algum lugar da casa. Quando eu cheguei aqui, em 2002, pela primeira vez, ainda como turista, vi os novos imigrantes receberem as máscaras com o aviso de não abrir a caixa com o kit antes de algum aviso pela imprensa. Lembro que fiquei com medo, porque não recebi a máscara - ela só é dada a turistas em caso de guerra. O aviso nunca veio, claro, porque não houve guerra - naquela época ainda havia o temor de que Israel levaria algumas porradas por conta da invasão do Iraque pelos Estados Unidos.
Quando cheguei em Israel como imigrante, em julho de 2004, o cenário era outro. Eu esperava receber a máscara, mas a caixa de papelão lacrada nunca veio. Até recebemos orientações de como fazer para retirar a máscara em centros de distribuição espalhados pelo país, mas nunca fomos atrás, ninguém foi - simplesmente não precisava. O regime ditatorial no Iraque já estava derrubado e a ameaça que se acreditava existir tinha virado piada.
Ainda que tivéssemos ido buscar, e a matéria do JPost fala disso, as máscaras distribuídas naquela ocasião hoje já não podem ser consideradas como proteção contra nada. É como os abrigos anti-aéreos de Israel: a maioria, dos prédios antigos (e tudo é antigo por aqui!) não serve mais para proteger os israelenses da verdadeira ameaça - armas químicas e biológicas.
Mas, segundo uma fonte do jornal no Exército, no momento não existem ameaças que justifiquem ter em casa uma máscara. Ele deve ter se esquecido do Irã. E deve ter ignorado uma nota que eu, apertando os olhos para ler hebraico, vi hoje de manhã num jornal para novos imigrantes. Diz assim, numa tradução livre:
Pois que venham as máscaras...
"QUEREMOS RECOLETAR AS MÁSCARAS, CONSERTÁ-LAS E DEPOIS DEVOLVÊ-LAS À POPULAÇÃO", Itzik Bloch, funcionário do Ministério da Defesa
Quando cheguei em Israel como imigrante, em julho de 2004, o cenário era outro. Eu esperava receber a máscara, mas a caixa de papelão lacrada nunca veio. Até recebemos orientações de como fazer para retirar a máscara em centros de distribuição espalhados pelo país, mas nunca fomos atrás, ninguém foi - simplesmente não precisava. O regime ditatorial no Iraque já estava derrubado e a ameaça que se acreditava existir tinha virado piada.
Ainda que tivéssemos ido buscar, e a matéria do JPost fala disso, as máscaras distribuídas naquela ocasião hoje já não podem ser consideradas como proteção contra nada. É como os abrigos anti-aéreos de Israel: a maioria, dos prédios antigos (e tudo é antigo por aqui!) não serve mais para proteger os israelenses da verdadeira ameaça - armas químicas e biológicas.
Mas, segundo uma fonte do jornal no Exército, no momento não existem ameaças que justifiquem ter em casa uma máscara. Ele deve ter se esquecido do Irã. E deve ter ignorado uma nota que eu, apertando os olhos para ler hebraico, vi hoje de manhã num jornal para novos imigrantes. Diz assim, numa tradução livre:
Ministro de Exterior palestino: não há lugar para Israel
O ministro de Exterior palestino e número 2 na AP, Mahmud A-Zahar, sugeriu a retirada de Israel do mapa. "No lugar de Israel, deve existir um país muçulmano no qual convivam muçulmanos, judeus e cristãos", disse ainda A-Zahar.
Pois que venham as máscaras...
2 comentários:
Se redistribuírem esse trem eu vou lá pegar.
Dá no mínimo uma boa sessão de fotos...
Qdo for buscar a sua ja pega uma p/ mim... assim qdo for fazer uma visita não corro risco "NiiiNHUM"...rs...
Eu sei que a coisa é séria e é bem triste ver um pais que ao invés de investir na paz, investe em mascaras esperando a próxima guerra, mas é a vida né?!
Amore... adorei a "casa" nova!
Beijão... saudades de vc!
Inn
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