sexta-feira, abril 21, 2006

Chefetz chashud!

Um tanque para explosão controlada de objetos suspeitos. Isso é o que aparece na imagem do post O que é, o que é do domingo passado. Alguém até deu o palpite correto, lá nos comentários, mas esqueceu de assinar! Uma coisa muito comum aqui em Israel, mais comum do que gostaríamos, é o que se conhece por chefetz chashud, objeto suspeito.

Sempre que alguém esquece, propositadamente ou não, algum objeto na rua e a polícia o considera suspeito, a cena que se segue é quase hollywoodiana. Viaturas estacionadas na diagonal cortam o fluxo do trânsito. Policiais afastam as pessoas da área, geralmente aos gritos. O esquadrão anti-bombas chega rápido.

E um policial do esquadrão, vestido para explodir, se aproxima do objeto (ou usa um robô equipado com câmera) e analisa como vai detonar o artefato. Minutos depois, bum! Nem sinal do negócio.

Tem uma história do jornalista Nahum Sirotsky segundo a qual ele carregava certa vez uma máquina de escrever, pesadona, e a deixou no meio da rua para pedir ajuda. Quando voltou, tinha sido explodida... O Nahum, que vive em Tel Aviv, foi tema do meu trabalho de conclusão de curso na faculdade em 2004.

[Desafio "onde está Wally?"] Você consegue achar policiais do esquadrão anti-bombas (chablanim) correndo para inspecionar uma maleta suspeita nesta imagem?

Chegou a sexta-feira, que, como todas as sextas, promete ser tranqüila. No final das contas Israel decidiu nem atacar os palestinos em resposta ao atentado que, como o premiê disse hoje, foi encomendado pela Síria...

2 comentários:

Everton disse...

Pô, nem precisava postar, você já sabe o que eu vou dizer, hahaha

Não aguentaria ficar 5 segundos sob a pressão de um governo pressionado, rs. O racionalismo social/político imposto pelo governo israelense me choca, no mínimo, assim como o da terra da rainha de 80 anos e do dumb-texano (dumb-texano é pleonasmo? hehe).

Aí a gente cai naquela conversa da última vez, se Israel é um Estado ou um Estado judeu... se vale a pena continuar com políticas intervencionistas dentro e fora do Estado, se Likud, Kadima ou quem quer que seja é igual ou diferente....

Se explodissem uma pilha minha que fosse, mandava "sei lá quem" pra "nem quero imaginar aonde".

Pena que não teletransportam cerveja pra gente compartilhar, hehehe.

Falando em "ceuvesh", falta link pro meu blog, o mais desatualizado de toda web, hehehe

Abraço!

Everton disse...

Hehehe, sem querer querendo eu sempre acabo encostando em alguma farpa...

Imaginemos a seguinte situação (acho que ela ilustra bem o que eu queria dizer no primeiro comentário):
Eu tenho 10 milhões de dólares em uma mala (bem grande, rs) que serão doados a uma instituição de caridade do Lesoto. Por algum motivo eu a esqueço na frente de um prédio do Governo. Volto e KABOOM, hehehe...

Bem que eu queria ir pra Israel um dia pra passear. E a "mídia" não é tão culpada pela divulgação distorcida dos atentados, já que os grandes grupos midiáticos são dirigidos por grupos/pessoas judeus/judias...

E eu sou contra todo e qualquer atentado, tanto judeu quanto árabe, palestino, yankee ou do morro aqui perto de casa, rs!

Abraço, ma fella!