‘If gays will dare approach Temple Mount
during parade – they will do so over our dead bodies’
Ibrahim Sarsur, deputado árabe
'The feeling is that Jews disgrace Jerusalem's
holiness with the government's encouragement'
rabino israelense
during parade – they will do so over our dead bodies’
Ibrahim Sarsur, deputado árabe
'The feeling is that Jews disgrace Jerusalem's
holiness with the government's encouragement'
rabino israelense
Está na capa do YNet News de hoje: judeus e árabes juntos contra gays, aqui. Confesso que senti uma mistura de alívio (judeus e árabes unidos por uma causa?) e desprezo. De novo, o fundamentalismo dá as caras, dessa vez na faceta preconceituosa contra os homossexuais.
Para quem não sabe, estão agitando para daqui a dois meses uma parada gay em Jerusalém, que certamente vai ser bem menor que a que rolou recentemente em São Paulo. Os ortodoxos - dos dois lados, como mostra a matéria do YNet News - são contra.
Não é novidade. No ano passado a parada em Jerusalém, a primeira realizada na capital, acabou mal. Um judeu ortodoxo esfaqueou um dos 4 mil participantes da marcha colorida, que parou o trânsito e estampou manchetes.
A coisa é bem diferente do que rola em Tel Aviv, onde a sociedade é bem mais liberal. Parecem dois mundos, separados por apenas 45 minutos e por pelo menos duas linhas de ônibus freqüentes.
Mas o que me deu mais bronca foi outra declaração do mesmo deputado árabe que eu coloquei lá no alto. Para ele, o "ataque" da parada gay contra a "identidade dos jovens árabes da cidade" é "mais feroz do que o ataque sionista para judaizar Jerusalém".
Tomara todos os nossos problemas fossem a "ameaça gay".
Estou indo para Tel Aviv passar o dia.
Para quem não sabe, estão agitando para daqui a dois meses uma parada gay em Jerusalém, que certamente vai ser bem menor que a que rolou recentemente em São Paulo. Os ortodoxos - dos dois lados, como mostra a matéria do YNet News - são contra.
Não é novidade. No ano passado a parada em Jerusalém, a primeira realizada na capital, acabou mal. Um judeu ortodoxo esfaqueou um dos 4 mil participantes da marcha colorida, que parou o trânsito e estampou manchetes.
A coisa é bem diferente do que rola em Tel Aviv, onde a sociedade é bem mais liberal. Parecem dois mundos, separados por apenas 45 minutos e por pelo menos duas linhas de ônibus freqüentes.
Mas o que me deu mais bronca foi outra declaração do mesmo deputado árabe que eu coloquei lá no alto. Para ele, o "ataque" da parada gay contra a "identidade dos jovens árabes da cidade" é "mais feroz do que o ataque sionista para judaizar Jerusalém".
Tomara todos os nossos problemas fossem a "ameaça gay".
Estou indo para Tel Aviv passar o dia.
[NO GRAMADO] E por falar em polêmica e Israel, mais uma, agora com a Copa: um jogador do time de Gana (que vai enfrentar o Brasil na terça) mostrou em um jogo, depois dos dois gols que marcou, a bandeira israelense. É que ele joga aqui, quis fazer uma espécie de agradecimento e homenagem. Se deu mal. Teve que pedir desculpas oficialmente por poder ter ofendido alguém. Absurdo... O Bean conta mais no blog dele, aqui.
7 comentários:
Aproveite bem!
Shabat Shalom!
Beijos
By the way, não foi por acaso que
"não comentei" o seu post. É porque esse assunto pra mim é sem comentários. Me deixa triste também ver que os árabes e judeus se unem por algo assim...
Aqui no Brasil, apesar da parada em SP ser sempre um sucesso, convive-se com muitas (toneladas de!!) demonstrações de preconceito.
Qualquer coisa é motivo pra piada preconceituosa, já percebeu? Esse sentimento ainda é tão arraigado que vira-e-mexe a gente ouve: "ah isso é coisa de viado"...
Às vezes me sinto na Idade das Cavernas...
Mais um beijo!
É vergonhoso um país tão evoluído e inteligente como Israel ser tão peconceituoso...Com tantos problemas para discutirmos e solucionarmos no mundo, eles estão preocupados com a escolha sexual de cada um?!
nao tenho nada contra gays, mas fazer parada em jerusalem tem q tomar facada mesmo. pra largar de ser burro !!! centenas de lugares pra fazer parada e eles escolhem justo uma cidade q sabem q a populacao eh religiosa e com valores conservadores.
vamos entao marcar o proximo encontro do congresso sionista em nablus....
ps:este blog ja foi melhor...
Gabriel, aqui em Paris eu vi o contrário. Teve a Parada Gay no sabado passado e tinha um coletivo de muculmanos e judeus gays que pediam um entendimento para o conflito. Nem tudo esta perdido!
Abraco,
Mario Camera
cedendo as pressoes, substituo no meu comentario anterior a palavra "facada" por "umas porradinhas".
Mto triste saber que esse tipo de coisa ainda ocorre.
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