Estamos falando, afinal, de um programa nuclear com fins questionáveis, já que o Irã é uma potência produtora de petróleo e não precisa de urânio como fonte de energia, como alega. As loucas declarações do presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad atestam que as intenções do país dele não são as melhores. E, como já vimos em 1991, com o exemplo do Iraque, quem acaba levando a paulada na cabeça é Israel.
Mas o que me chamou a atenção nessa notícia do Yediot Acharonot foi o discurso do ministro de Defesa Shaul Mofaz. Vale reparar que ele foi feito um dia depois de Yom haShoá. Mofaz ter dito que Israel pode contar apenas consigo mesma me fez lembrar do Holocausto e daquilo sobre o que falei no último post, de que se houvesse Israel, talvez não tivesse acontecido a Shoá.
Ninguém sabe, é claro.
Mesmo assim, ouvimos por aqui que embora a data do lançamento do satélite tenha sido fixada por razões técnicas, o fato de coincidir com a Shoá tem um valor simbólico inegável. "Mostra que Israel dispõe hoje de meios para se defender que os judeus não tinham há mais de 60 anos". Palavras de um oficial do governo.
Fato é que Israel lançou aos ares, no bom sentido, um satélite espião com câmeras capazes de identificar objetos de 70 centímetros a uma altura de 480 a 600 quilômetros, o que cheira a tecnologia de ponta a serviço da inteligência militar.
E na Polônia, o velho Shimon Peres deu o recado: "depois de Adolf Hitler, Ahmadinejad é o primeiro homem que se ergue para dizer que o povo judeu deve ser exterminado". Israel, agora, está de olho, lá do alto.
O post vai aos milhares que ainda sofrem as conseqüências do acidente nuclear em Chernobyl, na então União Soviética, atual Ucrânia. Fez 20 anos, ontem.